Introdução
"harpaXXI.pt"é um CD de Salomé Pais Matos, com Música portuguesa do séc. XXI, para harpa solo. Desafio que a harpista colocou a um grupo de compositores sobre a temática de "Portugal", deste resultou um cocktail de diferentes visões sobre o passado, presente e futuro da lusofonia, revelando a plasticidade ecléctica de ambientes, estilísticos e sonoros. A interpretação camaleónica dá vida às obras, resultando num CD dinâmico e intemporal.
Com o apoio:
Conheça este CD, suas obras, compositores, gravação. masterização e design
Obras e compositores:
“Prelúdio ao Rio”: composta por Vasco Abranches, estreada no Rio Harp Festival em 2016. O título é um jogo de palavras entre Rio de Janeiro e o rio Tejo. É uma combinação entre a serenidade da água a fluir com elementos mais rítmicos.
“O lugar suspenso”: obra premiada, de Mariana Vieira, em 2017. É uma extraordinária harmonia entre a electrónica, os seus efeitos, e o som da harpa. Contem a simplicidade da suspensão de fraseado, harmónicos, glissandos, entre outros efeitos conduzidos com fluidez. É um real dueto, onde é difícil perceber onde termina o som da harpa e inicia o da electrónica. É uma exploração astuta da sonoridade da harpa e das suas "vozes" contemporâneas.
“Jogos e Danças”: do pianista e compositor Diogo Vida, uma obra de carácter completamente diferente, plena de contraste, inclui momentos agitados, serenos e até um final giocoso.
“Prelúdio à deriva”: inspirada na relação próxima dos portugueses com o mar. Esta obra, de João Antunes é sobre os Versos ao Mar, de Sebastião da Gama. No seu abstrato a música mostra o sentido de um navio que balança e se move em alto mar.
“4 Canções do Cante Alentejano”: pelo compositor José Martins, evoca a tradição do cante alentejano, património imaterial da humanidade (UNESCO). Mostra as planícies quentes, as quatro melodias relatam a vida no Alentejo, passando pelo canto do pássaros, pelos camponeses, pela arruada das bandas filarmónicas, etc. No fim, sente-se o calor sereno num fim de tarde.
“Tece-se a trama, Cante Tejo Alfama”: de Daniel Schvetz, é pleno de cenários, um verdadeiro cocktail sonoro da portugalidade. Inspirado no folclore, como o canto de pescadores, cante alentejano, fado, combina-se com o modernismo de Almada Negreiros e o seu Manifesto Anti-Dantas, uma rejeição a tradicionalismo. É uma obra com tape, em que a harpa dialoga empaticamente com a variação de ambientes.
Gravação e Masterização:
Gravado no Atlântico Blue Studios e masterizado no Estúdio Pé de Vento, por Fernando Nunes (Naná). Com vista a capturar o som real da harpa, Naná captou ainda mais, os "silêncios" deste instrumento.
Composição Gráfica:
O desenvolvimento gráfico do CD foi realizado por Luís Henriques, do atelier de tipografia, serigrafia e edição, O Homem do Saco, e impresso de forma artesanal. A aquisição deste CD contempla não só a Música, mas igualmente uma peça de arte gráfica única, pois não existem 2 capas iguais.